quarta-feira, 6 de março de 2013

Rotular, pra quê?

Eu adoro maquiagem e tenho um relógio dourado. Eu adoro roupas, sapatos, meu perfume Dior, meu hidratante da Victoria Secret's e minha caixinha de jóias que dá corda e tem uma bailarina que dança ao som de Bach. 
Eu adoro meu All Star velho que minha mãe vive ameaçando jogar fora, e não posso ver um modelo diferente do Keds que eu quero comprar, logo sou consumista não é? Eu adoro a Livraria Cultura  e o cheirinho de livro novo que ela tem, desde os 11 anos quando eu ia ouvir música, comprar cds, livros de poesia e tomar café com meu pai. Mas eu também adoro cheiro de livro "velho", sei lá porquê, gosto de imaginar a quem ele já pertenceu, quem já o leu, e por isso sempre peço livros da Estante Virtual. Adoro beber em boteco, aqueles mais safados mas limpos tá? Com comidas típicas de boteco e onde as cervejas geralmente são as mais geladas. 
Adoro comer mc'donalds e coca-cola estupidamente gelada, também sou mega fã de uma feijoada caprichada e uma cerveja Antártica Original estupidamente e imoralmente gelada. Escuto Cartola voltando do trabalho e na ida pra faculdade ouço um pouco de 50 Cent ou Hardwell. Eu vejo filme independente frânces e adoro, mas também morro de rir com os filmes bestorol de Adam Sandler. 
E do que isso importa, no que isso me transforma, no que isso me enquadra? Em NADA! Porque eu não sou vinho pra você saber de qual tipo de uva sou feita, muito menos geléia pra você saber qual sabor eu tenho. Eu sou humana, eu gosto de umas coisas, não gosto de outras, odeio várias, amo muitas, desgosto de tantas, e mudo de opinião, sou tudo isso e depois nem sou. Não me rotule, não me encaixe, não me emoldure, não tente sequer me definir. 



 E por aí vai...

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