sábado, 5 de janeiro de 2013

Efemeridade x Joguinhos nos relacionamentos



Quem inventou essa história de joguinhos, de demorar pra responder mensagens, whatsapps, inbox, chamadas telefônicas, conversas no chat das redes sociais? Quem inventou essa história de que fingir que não quer faz o outro querer mais? Quem inventou esse mito de que ‘se fazer’ de difícil dá ao outro a sensação de que você é melhor ou que lhe deseja mais? Foi William Shakespeare em seus romances onde quem se amava não podia ficar juntos? Ou foi Jane Austen? Em seus romances em que o amor era permeado pelo interesse econômico, social e no final das contas quem queria ficar junto não podia, não se permitia. Ou será ainda que foram os romancistas brasileiros que escreviam para burguesia que inventaram esse amor austero, impossível de se concretizar, idealizado, clichê... Não quero aqui achar um culpado, um líder dessa babaquisse toda que a gente vivencia hoje em dia. Só quero entender o contra censo que vivemos todos os santos dias de nossas vidas jovens: a efemeridade das relações versus os joguinhos do amor.

Não me leve à mal, não sou contra o romance, a espera, os clichês de quem está apaixonado, mas como se pode querer fazer uma analogia bizarra com uma época que não condiz com a nossa. O que eu quero dizer com isso? Não vivemos em tempos de guerra, onde as cartas dos enamorados, noivos, casados, demoravam meses, as vezes até anos pra chegar de um para o outro, não vivemos em uma época onde não há telefone, transporte, internet e tudo mais. Vivenciamos tudo o que as tecnologias, avanços, facilidades do século XXI tem a nos oferecer, então por que não a usamos em prol do nosso amor, dos nossos desejos, da nossa necessidade de comunicação?

Como já disse Mário Quintana, autor que muito me apetece em seus textos curtos e diretos: “Não faças da tua vida um rascunho.Poderás não ter tempo de passá-la a limpo.” Viver o agora, o que se quer, mas dar valor ao que é, ao que permanecerá. Certezas? Ninguém as pode dar. Mas se queres, vai fala, diz, solta, desenrola e deixa rolar. E se todos os garotos e garotas pensassem assim a vida de todos seria um pouco mais fácil, existiriam menos rótulos e menos frustração. 

Essa é uma imagem da ilustradora e designer de roupas, Luiza Pannunzio. Ela faz ilustrações pra revistas como Bravo! e Revista Crescer, além da Folha de São Paulo! Legal o trabalho dela né?

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